Por muito tempo me analisei, me perguntei se era ciúme, ataque possessivo e até acreditei que sim. Corri atrás, falei da minha saudade, até do meu tal ciúme, tentei te fazer admitir que eu já não sou a tua preferida - talvez nunca tenha sido, mas você me fez acreditar que sim- e que há um outro abraço que gostas mais. Você negava ou nem me respondia. E tudo isso é um velho filme se repetindo. Você não sabe ser amiga de cinco ao mesmo tempo, você tem amigos de fases. Podes até conversar com todos, mas amigas como a gente costumava ser, é temporário. E pelo visto minha fase já passou.
Eu sou a amiga do ensino médio que você lembra de mandar recados nostalgicos de vez em quando e se tudo continuar da maneira que está logo estaremos com aqueles diálogos do tipo "que saudade, vamos marcar alguma coisa" e essa alguma coisa nunca é marcada.
Então eu entendi - quem sabe cansei - que meu amor por ti não te faria permanecer ao meu lado se essa não fosse a tua vontade. Percebi que não era ciúme de fato, pois das minhas outras amigas eu não sinto esse medo da perda, porque elas não são amigas de uma pessoa por vez e eu sei que se elas conhecessem alguém novo ainda sim estariam aqui para mim, diferente de ti que assim que descobre um novo colo pra deitar, me anula aos poucos.
Assim que entendi tudo isso, apenas desejei que você estivesse feliz com quem quer que seja. E parei de me desesperar por isso. Aqui nessa cidade, não tenho ninguém que seja o que você representa pra mim, mas tenho bons amigos que me confortam e fazem meus dias menos pesados e alegres.
Fico aqui sentindo saudade quietinha, nao corro atrás, te deixo ir sem me fazer lembrar, quem sabe voltará...

