Talvez ele diga que é coisa da minha cabeça, mas já noto sinais de que a intensidade está ficando para trás. Mesmo distantes, é a primeira vez que o noto longe. Começo a sentir como se eu fosse apenas um hábito e não uma vontade. Não o culpo. E se for para culpar alguém que seja eu por ter me envolvido tão facilmente, por ter me deixado ser invadida por todas as coisas boas que ele me proporcionou ao invés de construir a muralha que eu já sabia a planta decor e salteado.
Dói porque a saudade já é sentida antes mesmo da partida. Dói porque meus sentimentos nunca foram tão enraizados como ele em mim. Dói porque pela primeira vez eu desejei com todas as minhas forças que o nós durasse muito muito tempo (pra não dizer "para sempre"), tão diferente dos outros relacionamentos em que eu tinha a certeza de que seria breve, já planejando o que diria na hora do rompimento.
Eu quero gritar "fica", mas não grito, eu não quero que seja algo que ele faça por mim, se for para ficar, que fique porque ele precisa estar conectado a mim de alguma forma. Gostaria, realmente, que aquele fosse o último nome escrito na minha lista e isso me assusta. Talvez seja por isso, que o menor sinal de desafeto me cutuque de uma maneira que causa ferida.
Espero que ele permaneça. Ou então, que cada milímetro do meu corpo se recomponha com a mesma facilidade com que ele balançou tudo por aqui.
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