segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Sobre ele

Tua ausência já não me corrói, não sufoca, mas ainda é sentida. É quase como a etiqueta na roupa que penica. Sempre aparece algo no dia que é contigo que gostaria de compartilhar ou algum assunto surge com outras pessoas e me vejo obrigada a mencionar teu nome pois foi contigo que vivenciei tais coisas. Ainda me custa entender tuas escolhas tão erradas para comigo, que sempre dei o meu melhor a ti. O que me conforta de certa forma é pensar que esses erros foram necessários para um maior crescimento e evolução, e confesso ainda esperar que tu retornes sendo esse alguém melhor. Será que tu sentes quando meus pensamentos estão voltados a ti? Será que os dias que eu acordo com saudade intensa é tu pensando em mim? Será que os dias em que me sinto angustiada sem razão é tu me esquecendo no beijo de um outro alguém? Nosso encontro foi tão lindo e inesperado, tão obra do destino, que é difícil aceitar o fim de algo tão intenso. Fico sem saber se devo dedicar meus esforços para te deixar no passado ou se devo dar uma chance ao futuro. Fico sem saber se acredito em tudo o que me dissestes em abril ou se encaro o fato de tu não me procurares mais como um sinal de que é realmente o fim. A verdade é que eu sempre vou te amar. Talvez não romanticamente para sempre, mas meu carinho por ti e por tudo o que vivemos juntos é tão imenso, independente dos erros, que torço para que caso não fiquemos juntos, eu possa te chamar de amigo. Realmente não gostaria de tomar um rumo onde eu não te tenha de forma alguma na minha vida, mas caso seja isso o que a vida nos reserva, espero que tua ausência pouco a pouco pare de cutucar. Enquanto isso travo a batalha entre "o universo dá um jeito de unir" versus "quem quer dá um jeito" e deixo a cura de feridas nas mãos do tempo. 

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