sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Livre de ti

Me permiti ser livre nas últimas semanas. Livre de ti. Estive com teus amigos que acabei tomando como meus e não senti tua ausência. Fiz coisas das quais provavelmente te magoariam se tu soubesses, sem me sentir culpada. Voltei para a vida de festas e embriaguez até sequer lembrar do rosto das pessoas que me têm. E sabe, em nenhum desses momentos tive a ânsia de que os braços que me tiveram fossem os teus. Comecei a me sentir confortável com a minha companhia e as inúmeras possibilidades de pessoas para conhecer. Enfim enxerguei que com o nosso fim, quem mais perdeu foi você. Aí, por um breve momento parei. Sem querer tu voltastes a percorrer minhas veias. Então as coisas perdem a graça novamente e sinto tua falta. Só que não sei distinguir se é saudade de ti ou de como eu me sentia quando estava contigo. Eu queria te ligar, mas talvez seja apenas para preencher o vazio. Talvez por sorte meu orgulho adormecido voltou e não quero ser eu a ir atrás de ti mais um vez. Tu não tens o impulso de me procurar nunca? Comecei a acreditar que eu já não significo mais nada para ti e é o que tem servido de gatilho para eu me permitir te deixar para trás também. Só por hoje vou me deixar ser invadida pelo amor que sinto por ti, amanhã espero que seja o início de uma semana desprendida de tudo relacionado a ti novamente. E aí, quem sabe, quando eu notar já seja um vida livre de ti.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Sobre ele

Tua ausência já não me corrói, não sufoca, mas ainda é sentida. É quase como a etiqueta na roupa que penica. Sempre aparece algo no dia que é contigo que gostaria de compartilhar ou algum assunto surge com outras pessoas e me vejo obrigada a mencionar teu nome pois foi contigo que vivenciei tais coisas. Ainda me custa entender tuas escolhas tão erradas para comigo, que sempre dei o meu melhor a ti. O que me conforta de certa forma é pensar que esses erros foram necessários para um maior crescimento e evolução, e confesso ainda esperar que tu retornes sendo esse alguém melhor. Será que tu sentes quando meus pensamentos estão voltados a ti? Será que os dias que eu acordo com saudade intensa é tu pensando em mim? Será que os dias em que me sinto angustiada sem razão é tu me esquecendo no beijo de um outro alguém? Nosso encontro foi tão lindo e inesperado, tão obra do destino, que é difícil aceitar o fim de algo tão intenso. Fico sem saber se devo dedicar meus esforços para te deixar no passado ou se devo dar uma chance ao futuro. Fico sem saber se acredito em tudo o que me dissestes em abril ou se encaro o fato de tu não me procurares mais como um sinal de que é realmente o fim. A verdade é que eu sempre vou te amar. Talvez não romanticamente para sempre, mas meu carinho por ti e por tudo o que vivemos juntos é tão imenso, independente dos erros, que torço para que caso não fiquemos juntos, eu possa te chamar de amigo. Realmente não gostaria de tomar um rumo onde eu não te tenha de forma alguma na minha vida, mas caso seja isso o que a vida nos reserva, espero que tua ausência pouco a pouco pare de cutucar. Enquanto isso travo a batalha entre "o universo dá um jeito de unir" versus "quem quer dá um jeito" e deixo a cura de feridas nas mãos do tempo.