sábado, 28 de novembro de 2015

Superficial

Minha mente vaga para qualquer canto da vida noturna da cidade, tentando adivinhar em qual desses lugares, você está enchendo a cara e desfrutando de boa música com seus amigos.

Era para ser somente físico, afinal como poderia não ser apenas isso, quando sabemos somente superficialidades a respeito um do outro. Mas quem eu quero enganar? Você ou eu mesma? Sou incapaz de me desvincular do tal apego.

Não se sinta tão especial, poderia ser com qualquer outro que se disponibilizasse a prestar atenção em mim por alguns instantes. Obviamente esses instantes passam, e você segue sua vida de bares e balada, enquanto eu, prefiro as minhas séries e devaneio cabisbaixa sobre tudo - ou nada - que aconteceu, negando para mim mesma o desejo de receber uma mensagem que termine com aquele "hue" irritante que tu utilizas em quase todas as frases. Repetindo pra mim mesma, que o que passou não teve relevância alguma e que a única marca que tu deixastes, foi no meu lençol.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

"Estou com medo. Há uma parte de mim que quer deixá-lo entrar mas, aí, eu me sinto erguendo um muro e não entendo por quê. Talvez seja isso o que mais me impressiona em Kostas. Que, apesar de tudo o que sofreu, ele ainda pode encarar a vida do jeito menos complicado. Nunca conheci esse tipo de fé. Deixa-me tão triste que pessoas como Kostas e Bridget que perderam tudo ainda possam estar abertas ao amor enquanto eu, que não perdi nada, não estou."

Quatro amigas e um jeans viajante

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Socorro

O que eu faço com essa tristeza que me invade sem uma razão coerente? Como dizer à solidão que ela não é bem vinda se ela se instala sem convites?

Tento trazer luz pro meu caminho, mas ao fim do dia continuo com a sensação de que me falta algo.

O amor mais puro me foi tirado; os amigos sumiram; o talento continua desaparecido; meu irmão está fazendo as malas; e eu cada vez mais destroçada. Nada de novo, realmente bom, acontece na minha monótona vida.
Odeio esse tom de vítima que soa quando exponho minha angústia. Tento não ser vulnerável e enxergar a felicidade nas pequenas coisas. Tem funcionado de certa forma, afinal estou de pé ainda! Joelhos fraquejando, mas em pé...

Família é o que me fortalece, enquanto eu tiver principalmente mãe e irmão, saberei lidar com o vazio que me consome, visto que eles são as maiores fontes de amor ainda existentes em mim.
Sei que melhorarei, levará tempo - provavelmente muito - porém acredito que voltarei a me sentir aquecida pelo simples fato de estar viva. Tenho esperanças de ver flores pelo meu caminho no futuro. Já fui feliz sem razões coerentes.